O trabalho da Perkins School for the Blind com seus Programas Modelo demonstram as melhores práticas de qualidade da Perkins no ensino e aprendizagem de crianças com deficiência múltipla. No Brasil, os Programas Modelos levam aprendizado, capacitação e suporte para escolas públicas de ensino regular em alguns estados brasileiros. O trabalho da Perkins, junto aos Coordenadores de Educação locais é trabalhar para que professores e outros profissionais da área estejam preparados para um ensino de qualidade inclusivo, onde crianças com deficiência múltipla, deficiência visual e surdocegueira estejam inseridas em um ambiente escolar que atendam às suas necessidades de aprendizagem.
Neste projeto, a Perkins entende que além da escola, a família é parte fundamental deste processo. Incluir a família no aprendizado de crianças com deficiência garante que o que se aprende na escola, também possa ser replicado dentro de casa. Através do trabalho do Coordenador de Família, o projeto da Perkins abre espaço para que famílias, principalmente mães, tenham um espaço em grupo para compartilhar com outras famílias sobre suas experiências, desafios e aprendizados. De acordo com a Coordenadora de Família para Perkins no Brasil, Lidiane Jacomini, “esse projeto visa apoiar e propor ações conjuntas que promovam bem-estar, aprendizagem e autonomia dos estudantes com deficiência. Validando a escuta da família, estabelecendo vínculos e unindo esforços entre família, educação, saúde e comunidade.”
Arthur 12, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), ao lado de sua mãe Elza.
Elza Freitas Mesquita, é uma das mães que participa do grupo de famílias do projeto de formação de programas modelo da Perkins no Brasil. Seu filho Arthur tem 12 anos e é estudante do Colégio Militar do Estado do Tocantins – La Salle. Sobre a experiência de participar do grupo de família, Elza diz: “Eu estou aprendendo a lidar com ele, tenho assistido a muitos vídeos, procurando informação e poder nos encontrar e falar com outras mães faz com que eu não me sinta sozinha.” Antonia Ilza de Lima da Silva, mãe de Elvis que é diagnosticado com atrofia cerebelar e déficit cognitivo, entende que para ela a escola é um grande suporte e nos diz que,
É muito bom ser acolhida pela escola e também pelo projeto Perkins,saber que você não está sozinha lhe dá mais forças pra continuar e ajudar seu filho a buscar um lugar pra sí.
Antonia, mãe de Elvis
Ter um espaço dentro da escola que esteja preparado para que mães como Antonia e Elza possam compartilhar suas ansiedades e aprendizados é essencial para a criação de um ambiente escolar inclusivo e abre possibilidades para que essas famílias possam pensar juntas no futuro de seus filhos e filhas. Acima de tudo, o grupo também dá suporte para que os membros da família desenvolvam seu ativismo e liderança para criar mudanças concretas de acordo com seus próprios interesses.